Acompanho, sempre que posso os capítulos do folhetim da Rede Record, "Bela , a Feia" que é do ponto de vista técnico muito boa. O que há de errado então? De um lado o sucesso da novela "Caminho da s Índias" da Rede Globo escrita pela experiente Glória Perez. Caminho das Índias é questionável a medida que se impõe como produção capaz de mostrar as pessoas uma "Índia" que não corresponde à realidade. E daí para um povo cujo hino nacional parece ser escrito em outro dialeto distinguir qual "Índia " é real é o de menos.
O Jornal da Record com a competente Ana Paula Padrão ao lado de Celso Freitas, na minha opinião após a estreia e a qualidade das primeiras reportagens especiais e o ibope não tão expressivo se tornou nos últimos dias previsível demais com notícias sem importância com o objetivo de tornar mais leve o noticiário e aí afasta o que assistinham ao jornal pelo jornalismo eloquente e com mais opinião que o Jornal Nacional. Notícia por notícia assiste-se qualquer um ou nenhum. Outra coisa que me incomoda nos últimos dias é o fato da Record contratar qualquer um que no fundo não fará diferença nenhuma. Artistas que transitam entre CNT, BAND e Rede TV ou que são apenas mantidos pelo SBT pouca ou nenhuma diferença fará ao cast da emissora.
Os mutantes , a terceira saga da série, na minha opinião "queimou o filme" das novelas da Record. Não pela maneira como se filma , se fotografa, se grava...mas pela estória mesmo. A pior maneira de se faszer algo para televisão é a que alguém o faz sem se colocar no lugar do telespectador. O que está correto técnicamente pode ser um desastre em termos de audiência pois o telespectador médio, o que corresponde massivamente ao ibope, não faz a mínima idéia de como as coisas são feitas. Digo isso pois dou aulas em três instituições todos os dias, visito escolas, converso com as pessoas de todos os níveis intelectuais e é muito difícil encontrar alguém que faça um julgamento técnico do que é produzido em televisão. E são eles na sua maioria os que pesam no ibope de cada programa. "Tudo é possível" e "Eliana" são clones um do outro. Quem assiste um assiste um pedaço do outro e fica com o que que estiver melhor. No último domingo Eliana venceu Ana Hickmann mais uma vez. O Tudo é possível perde por não inovar e não pela simpatia ou antipatia da apresentadora. Poder Paralelo carrega na imaginária violência de imaginários mafiosos brazucas e erra na dose. A Rede Globo também erra mas é ágil em corrigir aquilo que considera problema. Enfim a disputa pelo telespectador, é o campeonato da televisão brasileira.
A Rede Record tem que encontrar a sua solução. E rápido!
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