REUNIÃO DO COMITÊ OLÍMPICO NA ESCOLHA DA CIDADE SEDE PARA AS OLIMPÍADAS DE 2016

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O tom emocional tomou conta das apresentações em Copenhague, nesta sexta-feira (2). Toneladas de documentos foram impressos e horas e horas de vídeo editadas. Mas, na apresentação final, na Dinamarca, os detalhes técnicos ficaram em segundo plano, e a emoção o principal fator utilizado pelas cidades candidatas a sede da Olimpíada de 2016 para tentar convencer os eleitores.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, subiu ao palco para defender a escolha de Chicago, que foi sua base política, e falou em diversidade cultural como principal destaque da cidade. Apelou para seu slogan de campanha, “Yes We Can” (Sim, nós podemos), e deu um beijo carinhoso em sua mulher, Michelle, na frente de todos.

Obama, no entanto, não ficou em Copenhague para acompanhar a votação – como já havia informado, passou apenas cerca de quatro horas na cidade. Teve encontros políticos e foi embora, não sem enfrentar um protesto de ecologistas do Greenpeace, que o criticaram pela decisão de não voltar à cidade em dezembro para a COP15,conferência sobre o meio ambiente.

Depois dos norte-americanos, os representantes de Tóquio fizeram sua exposição, a menos sentimental de todas. Os orientais falaram em respeito ao meio ambiente, mas foram cobrados pelos dirigentes por causa do pequeno apoio popular.

Os brasileiros falaram em seguida, e o tom do discurso foi de que o país está pronto para um evento de grande porte. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, apelaram também para o fato de a América do Sul nunca ter sediado uma Olimpíada.

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• Acompanhe a decisão em Copenhague

No encerramento, os espanhóis defenderam a escolha de Madri, e tanto o Rei Juan Carlos II como o ex-presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional) Juan Carlos Samaranch apelaram para o sentimentalismo. O rei disse que o mundo será “um lugar melhor” se a capital de seu país vencer a eleição, e o decano dirigente, aos 89 anos, chegou a constranger alguns espectadores ao pedir que Madri seja escolhida como um presente para ele, que já está no fim da vida.