Lideradas pela fundadora Anna Hutsol (27 anos), o grupo Femen, criado em 2008, baseado em Kiev na Ucrânia, promove protestos que a cada dia ganham mais apoiadores pelo mundo. Essas garotas que lutam pelos seus direitos e por um mundo mais livre e justo. Um verdadeiro exército de mais de 300 mulheres, a maioria entre 18 e 20 anos, que nem o inverno rigoroso da ex-república soviética é capaz de frear o ímpeto das jovens, que lutam de peito aberto contra a discriminação, energia nuclear, indústria do sexo e o turismo sexual.
Inna Shevchenko é uma das ativistas mais atuantes, articulada, é um rostos mais conhecidos do Femen, e explica porque aderiu ao movimento: “Desde criança, percebo que há algo errado com o meu país. A minha mãe trabalha 12 horas por dia, e o meu pai, só cinco. E ele tem mais dinheiro do que ela. Não posso aceitar isso. Conheci Anna, entre outras meninas, e ela decidiu organizar um movimento. Topei na hora.”.
Estudante de Jornalismo, Inna luta pelos direitos de mulheres vítimas do “machismo típico de uma ex-república soviética”, como a própria mãe. Mas seu trabalho como ativista não é muito bem visto em casa: “Sempre fui boa aluna e tirava excelentes notas. E ainda tinha um bom emprego. Minha mãe tinha orgulho. Mas agora ela não entende por que a filha fica mostrando os seios por aí, como ela costuma dizer. Ela se diz chocada. Inna trabalhava na assessoria de imprensa da Prefeitura de Kiev, depois de um protesto do Femen perto do gabinete do prefeito em 2009, a jovem acabou presa e demitida.
NOTA: No Brasil, o movimento FEMEN se tornou conhecido primeiro através do portal R7.com ligado a Rede Record. Um ano depois o Fantástico da Rede Globo destaca uma pequena matéria sobre as garotas e fim de conversa. Mais sobre elas em http://artecompontovoc.blogspot.com/
SAIBA MAIS SOBRE O FEMEN E A UCRÂNIA
SAIBA MAIS SOBRE O FEMEN E A UCRÂNIA
Kiev, Ucrânia - A The Rock [site em inglês] é a rádio mais amada da Nova Zelândia, embora não seja necessariamente a mais sofisticada. “Música é a ÚNICA coisa que levamos a sério”, é o adequado lema da estação. Recentemente, a The Rock ofereceu aos ouvintes masculinos a chance de ganhar uma viagem de férias exótica no leste ucraniano. Além de 12 noites pagas, o pacote incluía 2 mil dólares neozelandeses, em espécie. O prêmio principal, entretanto, deveria ser escolhido pelo próprio vencedor no local: uma esposa.
“Ganhe uma viagem para a linda Ucrânia”, anuncia o cartaz do concurso, “e encontre uma gata quente do leste europeu que talvez se case com você”.
O logotipo do concurso exibe o rosto pixelizado de uma bela loira oxigenada. Seu cabelo é adornado por uma fita vermelha, com uma etiqueta pendurada, como se ela fosse um presente de natal.
Greg, um homem encorpado de trinta e poucos anos, ganhou a viagem. Num questionário sobre si mesmo, Greg disse estar procurando uma parceira: “alguém para compartilhar tudo comigo, e desfrutar de minha intimidade”. Ele também revelou tomar banhos diariamente.
O neozelandês está preparado para o voo que passa por Moscou até Donetsk, a capital regional da Ucrânia do leste, a cerca de 730 quilômetros de Kiev. Minas de carvão e indústria pesada tornaram alguns dos oligarcas locais muito ricos, mas a maioria da população vive na pobreza. Aqui, muitas mulheres sonham com uma vida melhor na capital nacional ou no Ocidente. Muitas são vítimas de falsas promessas e acabam virando prostitutas em bordéis.
Protesto de topless contra turismo sexual e prostituição
Algumas agências de viagem oferecem “Rotas Românticas”, em alemão e inglês, no leste da Ucrânia. Enquanto isso, em Kiev, cafetões ligam para os quartos de hotel de turistas e oferecem a eles “um pouco de diversão com uma garota”. De acordo com uma pesquisa, 70% das estudantes na capital foram abordadas pelo menos uma vez por um estrangeiro em busca de sexo por dinheiro.
Inna se arruma para receber Greg, o solteirão da Nova Zelândia. A loira sobe em cima dos salto-altos de pele de crocodilo e coloca calças lustrosas de couro; põe uma coroa de flores no cabelo. Esperando no hall de desembarque do Aeroporto de Donetsk, ela segura um cartaz em que se lê “Greg, venha aqui”.
Mas seria improvável que Greg não a notasse: ela está com os seios nus.
Inna Shevchenko, 20, estudante de Kiev, é uma “lutadora de topless”, como as ativistas do grupo de direitos da mulher Femen [página em inglês] se denominam. Por dois anos, a organização luta contra o turismo sexual e a prostituição na Ucrânia, um país que até mesmo o Google associa automaticamente com “agências de relacionamento” e “mulheres”. Os anúncios à direita de uma pesquisa pelo nome do país no site são de “Ucranianas solteiras”, “Mulheres da Ucrânia” ou “Busque sua parceira na Ucrânia”. Embora o grupo possua umas poucas dezenas de ativistas como Inna e três mil apoiadores, os protestos de topless deram reputação global para o Femen.
Um ano atrás, ativistas semi-nus anunciando o “Estupro da Democracia” invadiram a delegacia onde o candidato presidencial Viktor Yanukovich depositava seu voto. Após vencer, Yanukovich restringiu a liberdade de expressão e de imprensa, e até mesmo prendeu membros da oposição.
Desde a posse de Yanukovich, o SBU, o serviço secreto ucraniano, tenta intimidar as ativistas do Femen. Elas afirmam que oficiais do órgão ameaçaram “quebrar as pernas” da líder do grupo se ela não cessasse os ataques ao governo.
“O estado tem medo do Femen porque eles estão mirando cada vez mais o governo de Yanukovich”, disse Taras Chornovil, membro independente do parlamento ucraniano.
Comandando as tropas descamisadas
“Entendemos que a raiz dos muitos problemas na Ucrânia é profunda”, diz Victor, um dos poucos homens membros do Femen. “É por isso que levamos o conceito da prostituição mais além: a Ucrânia inteira é um bordel”.
O coração do Femen bate num bar parcamente iluminado no centro de Kiev. O Café Cupidon foi nomeado após o deus romano do desejo, filho da deusa do amor, Vênus, e do deus da guerra, Marte. É um quartel-general apropriado para uma guerrilha feminista: é fornecido acesso grátis a internet, assim como uma caixa postal e 10% de desconto no café.
Anna Hutsol, uma figura diminuta com cabelo vermelho tingido, é a cabeça do movimento. A economista de 26 anos senta-se na frente de seu laptop, direcionando suas lutadoras de topless com a ajuda de dois telefones celulares. Ela posicionou Olga, uma companheira, na frente do escritório do Procurador Geral, onde está esperando por Leonid Kuchma. A corte ucraniana abriu um caso contra o antigo presidente por seu suposto envolvimento com a morte do jornalista Heorhiy Gongadze. O corpo decapitado de Gongadze foi encontrado na mata fora de Kiev, em novembro de 2000. Kuchma é há muito suspeito de ter dado instruções para o assassinato, e agora espera-se que ele seja questionado no contexto da investigação sobre a morte.
A ativista do Femen expõe seus seios para as lentes de dúzias de fotógrafos amontoados para ver Kuchma. Ela segura um pôster: “Fuja, Lyonya, serei seu escudo”, aludindo aos temores de que as cortes controlados por Yanukovich abram o caso apenas para propósitos de relações públicas. “É uma farsa: o estatuto das limitações já expirou”, Hutsol, sentada no Cupidon, diz. “Na verdade, eles só querem fechar o caso.”
“Queremos a verdadeira revolução das mulheres”
Desde que Yanukovich tomou o poder, as forças de segurança da Ucrânia tornaram-se cada vez mais interessadas no Femen. No verão de 2010, homens do SBU forçaram caminho até o apartamento de Anna à noite. Tiveram “conversas preventivas” e ameaçaram “quebrar os braços e pernas” da chefe do Femen.
Os diretores de uma universidade de Kiev convocaram recentemente vários estudantes por estarem engajados nas atividades do grupo. Então, na reitoria, equipes do SBU os interrogaram. Os homens perguntaram aos estudantes “de onde o dinheiro das campanhas vem?” e “para quem vocês trabalham”. Rumores sobre o Femen circulam há muito tempo nas dependências do governo. Num dia, diz-se que a organização foi criada pelo ex-primeiro ministro e líder da oposição Yulia Tymoshenko; no outro, é o próprio primeiro ministro da Rússia, Vladimir Putin, que supostamente apoia o projeto visando ridicularizar a política ucraniana.
Na realidade, o Femen sobrevive de modestas contribuições de um punhado de doadores. O alemão Helmut Josef Geier, mais conhecido como DJ Hell, é um deles. Também vendem itens para fãs pela internet e leiloam pequenas peças de arte. Para produzir as últimas, as ativistas primeiro pintam seus seios de azul e amarelo, e depois os imprimem numa tela. O que feministas como Alice Schwarzer ou Gloria Steinem diriam sobre isso?
Feminismo
Feministas da velha guarda acham as tropas de topless estranhas. “Elas se vestem como prostitutas”, critica a pesquisadora de gêneros Maria Dmitrieva, que escreveu sobre o Femen numa revista russa. “A exibição dos seios nus, com ou sem causa, certamente não conduz à discussão social”.
“Sim”, suspira Anna Husol no Café Cupidon. “Somos diferentes das feministas clássicas. Para poder ganhar uma voz, elas tiveram que se tornar como os homens. Mas nós queremos a verdadeira revolução das mulheres. Nossos protestos nus fazem parte da luta pela libertação das mulheres. Temos direito de usar nossos corpos como armas. Foram os homens que tornaram os seios um segredo.”
“Acho que homens gostam dos seios das mulheres”, diz a ativista Inna Shevchenko, “mas não gostam quando uma mulher também tem algo a dizer”. Não é só as outras feministas que expressaram preocupações em relação ao exibicionismo do grupo. O Facebook bloqueou a página do Femen porque havia suspeitas de conteúdo pornográfico. A mãe de Inna não quer mais ter nada a ver com ela — recentemente disse a ela que nunca mais telefonasse.
No aniversário do desastre em Chernobyl, no final de abril, um fotógrafo tirou uma imagem das ativistas do Femen, vestidas só com botas, roupas de baixo e máscaras de gás, na Zona Morta da cidade. As fotos deverão aparecer na edição italiana da GQ, revista masculina que, ao menos na Itália, gosta de ter nus e confissões de celebridades em suas páginas.
Para o Femen, isso não é um problema: “Queremos mostrar ao mundo inteiro nosso neo-feminismo”, diz Anna, enquanto planeja uma viagem em seu computador. Nos meses seguintes, ela quer ir para a Suíça e Itália e estabelecer contatos. Ergue sua caneca num brinde: “Ao Femen em todos os países”, diz cerimoniosamente. “Aos nossos planos de conquista mundial”.
Benjamin Bidder
Tradução de Lucas Cunha
CONHEÇA AS GAROTAS DO FEMEN MOVIMENT POR TRÁS DAS PERFÓRMACES PÚBLICAS
“Ganhe uma viagem para a linda Ucrânia”, anuncia o cartaz do concurso, “e encontre uma gata quente do leste europeu que talvez se case com você”.
O logotipo do concurso exibe o rosto pixelizado de uma bela loira oxigenada. Seu cabelo é adornado por uma fita vermelha, com uma etiqueta pendurada, como se ela fosse um presente de natal.
Greg, um homem encorpado de trinta e poucos anos, ganhou a viagem. Num questionário sobre si mesmo, Greg disse estar procurando uma parceira: “alguém para compartilhar tudo comigo, e desfrutar de minha intimidade”. Ele também revelou tomar banhos diariamente.
O neozelandês está preparado para o voo que passa por Moscou até Donetsk, a capital regional da Ucrânia do leste, a cerca de 730 quilômetros de Kiev. Minas de carvão e indústria pesada tornaram alguns dos oligarcas locais muito ricos, mas a maioria da população vive na pobreza. Aqui, muitas mulheres sonham com uma vida melhor na capital nacional ou no Ocidente. Muitas são vítimas de falsas promessas e acabam virando prostitutas em bordéis.
Protesto de topless contra turismo sexual e prostituição
Algumas agências de viagem oferecem “Rotas Românticas”, em alemão e inglês, no leste da Ucrânia. Enquanto isso, em Kiev, cafetões ligam para os quartos de hotel de turistas e oferecem a eles “um pouco de diversão com uma garota”. De acordo com uma pesquisa, 70% das estudantes na capital foram abordadas pelo menos uma vez por um estrangeiro em busca de sexo por dinheiro.
Inna se arruma para receber Greg, o solteirão da Nova Zelândia. A loira sobe em cima dos salto-altos de pele de crocodilo e coloca calças lustrosas de couro; põe uma coroa de flores no cabelo. Esperando no hall de desembarque do Aeroporto de Donetsk, ela segura um cartaz em que se lê “Greg, venha aqui”.
Mas seria improvável que Greg não a notasse: ela está com os seios nus.
Inna Shevchenko, 20, estudante de Kiev, é uma “lutadora de topless”, como as ativistas do grupo de direitos da mulher Femen [página em inglês] se denominam. Por dois anos, a organização luta contra o turismo sexual e a prostituição na Ucrânia, um país que até mesmo o Google associa automaticamente com “agências de relacionamento” e “mulheres”. Os anúncios à direita de uma pesquisa pelo nome do país no site são de “Ucranianas solteiras”, “Mulheres da Ucrânia” ou “Busque sua parceira na Ucrânia”. Embora o grupo possua umas poucas dezenas de ativistas como Inna e três mil apoiadores, os protestos de topless deram reputação global para o Femen.
Um ano atrás, ativistas semi-nus anunciando o “Estupro da Democracia” invadiram a delegacia onde o candidato presidencial Viktor Yanukovich depositava seu voto. Após vencer, Yanukovich restringiu a liberdade de expressão e de imprensa, e até mesmo prendeu membros da oposição.
Desde a posse de Yanukovich, o SBU, o serviço secreto ucraniano, tenta intimidar as ativistas do Femen. Elas afirmam que oficiais do órgão ameaçaram “quebrar as pernas” da líder do grupo se ela não cessasse os ataques ao governo.
“O estado tem medo do Femen porque eles estão mirando cada vez mais o governo de Yanukovich”, disse Taras Chornovil, membro independente do parlamento ucraniano.
Comandando as tropas descamisadas
“Entendemos que a raiz dos muitos problemas na Ucrânia é profunda”, diz Victor, um dos poucos homens membros do Femen. “É por isso que levamos o conceito da prostituição mais além: a Ucrânia inteira é um bordel”.
O coração do Femen bate num bar parcamente iluminado no centro de Kiev. O Café Cupidon foi nomeado após o deus romano do desejo, filho da deusa do amor, Vênus, e do deus da guerra, Marte. É um quartel-general apropriado para uma guerrilha feminista: é fornecido acesso grátis a internet, assim como uma caixa postal e 10% de desconto no café.
Anna Hutsol, uma figura diminuta com cabelo vermelho tingido, é a cabeça do movimento. A economista de 26 anos senta-se na frente de seu laptop, direcionando suas lutadoras de topless com a ajuda de dois telefones celulares. Ela posicionou Olga, uma companheira, na frente do escritório do Procurador Geral, onde está esperando por Leonid Kuchma. A corte ucraniana abriu um caso contra o antigo presidente por seu suposto envolvimento com a morte do jornalista Heorhiy Gongadze. O corpo decapitado de Gongadze foi encontrado na mata fora de Kiev, em novembro de 2000. Kuchma é há muito suspeito de ter dado instruções para o assassinato, e agora espera-se que ele seja questionado no contexto da investigação sobre a morte.
A ativista do Femen expõe seus seios para as lentes de dúzias de fotógrafos amontoados para ver Kuchma. Ela segura um pôster: “Fuja, Lyonya, serei seu escudo”, aludindo aos temores de que as cortes controlados por Yanukovich abram o caso apenas para propósitos de relações públicas. “É uma farsa: o estatuto das limitações já expirou”, Hutsol, sentada no Cupidon, diz. “Na verdade, eles só querem fechar o caso.”
“Queremos a verdadeira revolução das mulheres”
Desde que Yanukovich tomou o poder, as forças de segurança da Ucrânia tornaram-se cada vez mais interessadas no Femen. No verão de 2010, homens do SBU forçaram caminho até o apartamento de Anna à noite. Tiveram “conversas preventivas” e ameaçaram “quebrar os braços e pernas” da chefe do Femen.
Os diretores de uma universidade de Kiev convocaram recentemente vários estudantes por estarem engajados nas atividades do grupo. Então, na reitoria, equipes do SBU os interrogaram. Os homens perguntaram aos estudantes “de onde o dinheiro das campanhas vem?” e “para quem vocês trabalham”. Rumores sobre o Femen circulam há muito tempo nas dependências do governo. Num dia, diz-se que a organização foi criada pelo ex-primeiro ministro e líder da oposição Yulia Tymoshenko; no outro, é o próprio primeiro ministro da Rússia, Vladimir Putin, que supostamente apoia o projeto visando ridicularizar a política ucraniana.
Na realidade, o Femen sobrevive de modestas contribuições de um punhado de doadores. O alemão Helmut Josef Geier, mais conhecido como DJ Hell, é um deles. Também vendem itens para fãs pela internet e leiloam pequenas peças de arte. Para produzir as últimas, as ativistas primeiro pintam seus seios de azul e amarelo, e depois os imprimem numa tela. O que feministas como Alice Schwarzer ou Gloria Steinem diriam sobre isso?
Feminismo
Feministas da velha guarda acham as tropas de topless estranhas. “Elas se vestem como prostitutas”, critica a pesquisadora de gêneros Maria Dmitrieva, que escreveu sobre o Femen numa revista russa. “A exibição dos seios nus, com ou sem causa, certamente não conduz à discussão social”.
“Sim”, suspira Anna Husol no Café Cupidon. “Somos diferentes das feministas clássicas. Para poder ganhar uma voz, elas tiveram que se tornar como os homens. Mas nós queremos a verdadeira revolução das mulheres. Nossos protestos nus fazem parte da luta pela libertação das mulheres. Temos direito de usar nossos corpos como armas. Foram os homens que tornaram os seios um segredo.”
“Acho que homens gostam dos seios das mulheres”, diz a ativista Inna Shevchenko, “mas não gostam quando uma mulher também tem algo a dizer”. Não é só as outras feministas que expressaram preocupações em relação ao exibicionismo do grupo. O Facebook bloqueou a página do Femen porque havia suspeitas de conteúdo pornográfico. A mãe de Inna não quer mais ter nada a ver com ela — recentemente disse a ela que nunca mais telefonasse.
No aniversário do desastre em Chernobyl, no final de abril, um fotógrafo tirou uma imagem das ativistas do Femen, vestidas só com botas, roupas de baixo e máscaras de gás, na Zona Morta da cidade. As fotos deverão aparecer na edição italiana da GQ, revista masculina que, ao menos na Itália, gosta de ter nus e confissões de celebridades em suas páginas.
Para o Femen, isso não é um problema: “Queremos mostrar ao mundo inteiro nosso neo-feminismo”, diz Anna, enquanto planeja uma viagem em seu computador. Nos meses seguintes, ela quer ir para a Suíça e Itália e estabelecer contatos. Ergue sua caneca num brinde: “Ao Femen em todos os países”, diz cerimoniosamente. “Aos nossos planos de conquista mundial”.
Benjamin Bidder
Tradução de Lucas Cunha
CONHEÇA AS GAROTAS DO FEMEN MOVIMENT POR TRÁS DAS PERFÓRMACES PÚBLICAS
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