A Copa de 2014 tem uma preocupação em comum com a de 2010: a segurança.
Os índices de criminalidades de Brasil e África do Sul são semelhantes e assustam os possíveis visitantes. Os sul-africanos tiveram que provar que poderiam organizar um Mundial sem qualquer problema. É por isso que todo morador, ao conhecer um turista, geralmente faz esta pergunta:
- Como está passando os seus dias aqui na África? Se sente seguro?
Alguns problemas ainda foram registrados e servem de lição para o Brasil não cometê-los em 2014.
ERROS
Furtos e ocorrências à noite –
dois casos graves de assaltos foram registrados durante a Copa, todos à noite:
a morte de um turista norte-americano na porta da estação do trem-bala, em Johannesburgo, e
a morte de um argentino, que teve um ataque cardíaco durante um assalto, em Cidade do Cabo. Fora isso, o que impressionou foi a quantidade de pequenos furtos. Jornalistas portugueses e espanhóis foram roubados em Magaliesburg, onde a seleção de Cristiano Ronaldo treinava. Houve até ocorrências contra jornalistas brasileiros, da Folha de S.Paulo, em um hotel em Johannesburgo.
Seguranças dos estádios – os seguranças contratados para fazer a seguranças dos estádios foram um problema para a organização do Mundial. Em dois lugares, Johannesburgo e Durban, houve greves e eles “esbanjavam” mau humor. A função deles era garantir que os torcedores ficassem nos lugares certos e evitar pequenas brigas internas.
Cambistas e tráfico de drogas – a quantidade de cambistas soltos pelas ruas das cidades, vendendo ingressos como se fossem bananas, foi assustadora. Em frente ao lugar de venda oficial dos bilhetes da Fifa, em Johannesburgo, eram mais de 10 à espera dos clientes. O tráfico de drogas também lucrou com a Copa. Era muito fácil alguém oferecer um número para conseguir drogas.
ACERTOS
Viaturas novas – a polícia sul-africana teve um upgrade de novos carros antes da Copa. Modernas e bem sinalizadas, as novas viaturas mostraram que houve investimento para garantir a boa segurança. A imagem fez o seu papel, deixando os turistas mais seguros.
Bem armada – dentro e fora dos estádios, era comum ver a polícia de elite sul-africana com fuzis e armamento pesado. Era uma forma de assustar os possíveis bandidos. Mais imagem que outra coisa. Tanto é que essa polícia brincava com os torcedores nas entradas e saídas.
Ajuda de outras polícias e hooligans – os sul-africanos tiveram ajuda de outros países para garantir a segurança. Na partida entre EUA x Inglaterra – temida por ameaças de bomba -, as polícias inglesa e norte-americana estavam lá. A falta de brigas nas ruas, com os hooligans ingleses e argentinos, foi um ponto positivo nesta Copa. As autoridades do país-sede deportavam os “brigões” antes mesmo da entrada deles na África do Sul.